sexta-feira, 17 de outubro de 2008

CRITICAR OU SER CRITICADO!!

Leandro Augusto Petersen Vieira

Faro, A. Pequena História da Dança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, cap. 21.

Impossível não poder se encantar com as colocações que o autor faz sobre apreciações críticas da dança, no parâmetro do público e do crítico em dança. São ideais almegados por todos, em especial por nós artítas, mas o mesmo sabe que para atingir tal patamar de apreciação, não é muito fácil e nem algo rápido de se alcançar.

A relação de apreciação do público, é o mesmo que faz Lia Robatto, na qual cita que o ideal seria mediar um espetáculo acessível ao conhecimento de todas as camadas de público, sem que para isto seja nescessário baixar a qualidade e o nível de propostas, mas que façam usufruir da beleza e lhes acrescente algo a mais , para que possam siar da crítica comum do "gostei ou não gostei" e saibam analisar as obras fora do parâmetro comparativo e, respeitando principalmente estilos e gostos estéticos individuais, pois não é porque não gosto de um detreminado estilo que ierei denegrir e negá-lo perante todos e tudo. Pensem nisto!!!!!!
Como cita Faro, "as pessoas que assim agem e raciocinam estão se fechando nos próprios casulos , não se permitindo usufruir toda gama e toda riqueza de idéias e estilos que a dança apresenta"(p. 132), e infelizmente, há muitas pessoas no próprio meio artístico que assim o pensam e agem.
Faro analisa o poder e papel do crítico em dança como sendo um mediador e informante de um espetáculo para o público, passando todas as informações juntamente com sua opnião. Entretanto a realidade não condiz muito com a teoria, visto que não temos muitos críticos especializados em dança no Brasil, e os poucos que temos não suprem todas as produções do território nacional e, aqueles que o fazem mesmo sendo especialistas, cometem algumas gafes e por vezes limita-se a informar em suaa colunas ou espaços, apenas o que lhe cabem como conhecimento, como os figurinos e a produção - aspcto visual.
Todavia, o maior crítico e difusor da arte da dança, não consiste no profissional crítico, mas no próprio consumidor, que é capaz de atrair outras pessoas e olhares sobre e para um trabalho, ou não.
Espero que as tribos e todos os estilos, técnicas convivam com respeito, em paz e em perfeita harmônia em prol de uma arte maior, a própria dança.



Referências:
Robatto, L. Dança em processo. Alinguagem do indizível. Savaldor: Centro Editorial e Didático UFBA, 1994, cap. 3.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Comunicação Cinésica

O dicionário Houaiss, define cinésica como “parte da semiótica que estuda os movimentos e processos corporais que formam um código de comunicação extralingüística, entre os quais o enrubescimento facial, o menear de ombros, os movimentos de olhos etc.”. Em outras palavras, cinésica é o estudo da linguagem corporal, a comunicação não-verbal. Isso é muito importante porque 60% de toda comunicação envolve linguagem corporal. É por isso que é tão importante ouvir o que não está sendo dito.

Nosso corpo se comunica como um todo. Tudo o que fazemos e como fazemos, comunica algo para as pessoas com as quais nos relacionamos. Nossas palavras, gestos, reações, fisionomia, tom de voz, posição corporal, maneira de sentar, e, a capacidade de ouvir. Saber ouvir é uma arte própria dos sábios. Pouca gente sabe ouvir, talvez porque só consigamos falar em média 150 palavras por minutos, ao passo que enquanto ouvimos, conseguimos processar na mente até 500 palavras por minuto. Essa defasagem de tempo nos faz querer falar mais que ouvir.

A vontade de falar enquanto ouvimos é tamanha que, sorrimos, acenamos com a cabeça e gesticulamos, muitas vezes preparando o que dizer em seguida e não ouvindo com qualidade o que a outra pessoa está nos comunicando. Comumente chegamos ao cúmulo de interromper as pessoas enquanto falam. Está escrito: “Quem responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha” (Pv 18.13).


Angélica Gallardo

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

PESQUISA EM DANÇA...

Falar sobre pesquisa em Dança é ainda um assunto complexo dentro de nossa área. Por fatores já conhecidos como a escassez de trabalhos, a recente história de pesquisa, as inúmeras abordagens dadas a Dança em diversas áreas afins, e principalmente as questões metodológicas.
Dentro do curso de Dança da FAP(Faculdade de Artes do Paraná) o nosso TCC é ainda assunto polêmico em sala de aula. Durante todo o quarto ano passamos discutindo e tentando entender realmente os mecanismos que devemos nos utilizar para realmente transformarmos nossos trabalhos em pesquisas em Dança.
Por se tratar de uma abordagem teórico-prática durante um bom tempo nossa interrogação foi sobre o problema ou a questão de pesquisa. O processo até compreendermos que esta deveria articular e ser respondida tanto no corpo quanto no texto foi se dando gradativamente.
Depois surge a questão das escolhas o que realmente queremos colocar na cena. Desde escolhas estéticas, como técnica, coerência com figurino, espaço cênico, iluminação, até o mais fundamental que é a pesquisa respondida no corpo. O estudo dos movimentos que fogem dos aprisionamentos pré-estabelecidos e consegue enfim ao produto gerado pelo processo de pesquisa.
Conseguir abrir mão daquilo que surgiu no início da pesquisa e que já não é mais, conseguir fazer um trabalho processual, mas não esquecer que temos responsabilidade sobre aquilo que colocamos em cena, e que é aquilo realmente que o publico vê, são lições que temos aprendido.
Na ultima Mostra(setembro/2008) tivemos a oportunidade de apresentar nossos processos em um espaço que vai além da nossa sala. Por o trabalho no mundo e assumi-lo, para muitos pela primeira vez foi uma tarefa difícil, mas muito produtiva, em minha opinião. Nos debates uma das pesquisadoras convidadas, Andréia Nhur comentou a diferença entre pesquisa em Dança e estudo coreográfico ou sobre uma coreografia.
Esta foi para mim uma das mais importantes questões apontadas na mostra. Entender que ponto se situa a pesquisa é fundamental para quem se forma em uma faculdade, afinal uma das funções da mesma é a pesquisa.
Entender que pesquisar em Dança é ir além de apenas estudar sobre a coreografia que estamos desenvolvendo e criar nexos superficiais, mas sim conseguir propor no corpo uma especificidade sobre a questão que rediscuta padrões é um processo bastante complexo.
Penso que estamos na faculdade para isso, aprender a lecionar, a pesquisar, a transpor, e claro fazermos nossas escolhas, mas sem que estas nos aprisionam e nos impeçam de avançar, entendendo o devido lugar para as coisas. Afinal a carreira acadêmica de pesquisa é uma opção, que para muitos artistas não é interessante.
Para mim, particularmente me fascina, buscar novas maneiras de se produzir conhecimento num campo como nosso ainda tão pouco explorado. Pouco a pouco ir tateando e criando de maneira a unir discursos, gerando novas possibilidades. Apropriando-se de conhecimentos advindos de outras áreas, num jogo ciência e arte, teoria e prática sem antíreses, mas com conexões que me levem além.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Regras de Etiqueta

Material de Pesquisa para " A mesa está posta"

VIRTUDES DA DONA DE CASA:

* Paciência;
* Bondade;
* Esquecer de si para cuidar dos outros;
* Otimista;
* Procurar a felicidade dos que moram com ela;

ORÇAMENTO DOMESTICO

A dona de casa deve manejar o dinheiro com muita inteligência e economia.
deve dividi-lo em três partes:
* Moradia;
* Alimentação;
* Outras necessidades;

Déborah Atherino

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Faculdade de dança serve para:

Por Thaís Catharin

Analizando o texto de Christine Greiner Arte na Universidade para germinar questões e testar procedimentos , a autora traz em seu texto alguns questionamentos a respeito da Dança na Universidade. As idéias da autora são compatíveis com muitas discussões que cercam as faculdades, profissionais e estudiosos da Dança sobre o papel desta no meio acadêmico. Porém estas discussões não chegaram a uma conclusão precisa, mas já evoluiu para uma certa unanimidade sobre o pensar e analisar a Dança, colocando-a num ponto científico.
Greiner trata o ensino superior de Dança como um espaço para refletir e pesquisar a dança, e não apenas para formar bailarinos (GREINER, 2006, p. 31). Márcia Strazzacappa também aborda este pensamento afirmando que “Quem vai para a faculdade de dança quer – além de dançar, é claro- discutir, analisar pesquisar, criticar, historiar, documentar e discutir o papel da dança na sociedade” (STRAZZACAPPA, 2006, p. 13), mesmo quando esta intenção não é tão convicta ou clara para o bailarino. Strazzacappa complementa sua opinião afirmando que “precisamos desfazer a imagem de que bailarino tem ‘músculo no cérebro’. Bailarino que não sabe comentar e refletir sobre seu trabalho artístico não é um profissional que se preze” (STRAZZACAPPA, Idem). Neste sentido, o academicismo na Dança está como um ampliador de linguagens e escolhas para o bailarino, e não como uma formação ou especialização de uma ou algumas técnicas de dança, pois isto cabe às escolas técnicas e academias especializadas no ensino desta arte.
Neste contexto, concordo com Greiner quando esta defende a teoria dentro do estudo prático (GREINER, 2006, p. 32). Creio que a teoria nasce do processo de algo que instiga o pesquisador, uma necessidade de aprofundamento em algo que se deseja evoluir, descobrir com conhecimento prático e teórico. Teorizar a dança ou o pensamento é cientificar, colocar a mesma como pesquisa, além de uma complexidade e inteligência que aparecem no estudo prático, na evolução deste. Conseqüentemente a comunicação ocorrente deste trabalho artístico será mais profunda, talvez mais instigante e madura. Pode ser que este pensamento evolua o “assistir, pensar e dançar” a dança, como afirma Greiner: “As teorias seriam uma espécie de generalização especulativa nascidas das particularidades de um fenômeno para qual elas foram geradas. Não têm em vista explicá-lo, mas transcriá-lo” (GREINER, 2006, p.33).
Para que ocorra uma atitude de buscar a faculdade como lugar de reflexão e pesquisa, é necessário um amadurecimento do bailarino. Este amadurecimento vem com um determinado tempo de experiência prática e conceitual de Dança anterior e durante o curso superior. Segundo Strazzacappa, o bailarino se destaca de outros profissionais no sentido de que já deve ter uma formação em dança antes de ingressar na faculdade, “daí o papel das academias e cursos livres de dança. As faculdades de dança precisam da academia tanto quanto as academias precisam das faculdades” (STRAZZACAPPA, 2006, p. 13).
Finalmente, acredito que o papel do ensino superior não é apenas de formar bailarinos e professores de dança, mas também não se resume em teorias, conceitos e técnicas variadas. A Universidade na Dança vem como um meio de interação entre linguagens e até mesmo entre técnicas e experiências. O acadêmico de Dança precisa de um lugar de experimentação, análise e crítica, porém com foco e suporte para concretizar suas idéias. Como alega Strazzacappa, “Há uma grande diferença entre diplomar estes novos profissionais e eles se tornarem ‘cientistas’ e ‘artistas’ de fato” (STRAZZACAPPA, 2006, p. 37), vai de cada um, de suas vivências e crenças buscar um caminho dentro da universidade.




Referencias Bibliográficas

-GREINER, Christine. Arte na Universidade para germinar questões e testar procedimentos. IN: XAVIER, Jussara; MEYER, Sandra & TORRES, Vera (orgs.). Tubo de ensaio: experiências em dança e arte contemporânea. Florianópolis-SC: Ed. do Autor, 2006.

- STRAZZACAPPA, Márcia. A Dança e a formação do artista. IN: STRAZZACAPPA, Márcia e MORANDI, Carla. Entre a arte e a docência: a formação do artista da dança. Campinas-SP: Papirus, 2006.

O que ficou...

olá Pessoal
Tanta postagem feita, tanta coisa que insinua ser interessante, mas que infeizmente não tenho tempo pra ler e comentar.
A mostra passou e o bimestre está se concluindo e o que ficou mais forte em mim nesses dois meses intensos de construção, pesquisa, mostra entre outras atividades relacionadas ao nosso TCC, é o exercicio de critica, que o espaço promove. Um exercicio de criticar e ser criticado. Como pode ser eficiente, tranformador, reflexivo ou "bombástico".
Eu sugeriria que o espaço aqui construido apresentasse tal exercicio, que provavelmente nos acompahára por toda a vida. gostaria de dedidar o tempo não só a escrever mas poder ler os textos aqui publicados, e poder dialogar com eles, acredito que seria tão valido quanto postar, comentar os textos dos colegas. Então deixo aqui a sugestão de avaliação, se tivesse a escolha preferia poder comentar, sei que ninguém me impede a não ser a minha forma de organizar meu tempo, mas gostaria, de estar comentando neste momento do que estar postando algo. Mas é só uma sugestão!
Valeu pela Mostra. Este trabalho dispetou em mim uma vontade "gotosa" de querer se dedicar a investigação com objetivos direcionados, construir, pesquisar, produzir, muito bom quando é o que se busca!

bjos
Flávia Mattos