sábado, 26 de abril de 2008

Ballet Clássico x Contemporâneo

Representação sobre técnias para dançar.... LEANDRO VIEIRA


Imagine a seguinte situação: uma audição onde a seleção é feita no maioria das Companhias de Dança Renomadas no Brasil e exterior, através de uma aula de Ballet Clássico e não a respiração que se passa no estômago, ou se tem boa conexão cabeça-cóccis entre outras coisas que a dança contemporânea trabalha. Basicamente é um fato visualizado através da leitura feita do texto "Representações sobre técnicas para dançar". No decorrer, Sívia Geraldi em seu artigo propõe reflexão sobre as formas de treinamento corporal de dançarino contemporâneo, questionando em parâmetros relacionados à apropriação de uma técnica para dançar. Aquela velha hitória de que o Ballet Clássico não é técnica base para as demais modalidades de dança, como por exemplo a tal da dança contemporânea.
Transformações no mundo acontecem sempre, como na história de um país, cidade, capital, até mesmo de uma família, e claro que na dança não era para ser diferente. Ela desdobrou-se em diferentes gêneros, originando múltiplas tendências do que hoje se conhece como dança contemporânea.
Como o velho ditado diz: "Respeito é bom e todo mundo gosta!". Pena que não acontece na maioria das vezes. A guerra q não acaba do clássico x contemporâne, melhor x pior, técnica ou não técnica.

O mundo é tão grande e tem espaço para tudo e todas!!!!!!!!!!!!!

4 comentários:

4º ano de Dança/FAP disse...

A questão para mim não se resume a se o Ballet Clássico é melhor ou não que a Dança Contemporânea...

Para mim o que é importante deixar claro é que a técnica do ballet clássico tem seu valor sim, mas não é obrigatoriamente a técnica base para a configuração de um ótimo bailarino! Digo isto com profunda convicção!!


Por Ju Lorenzi

4º ano de Dança/FAP disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
4º ano de Dança/FAP disse...

Eu compreendo o Leandro...atualmente estamos num vício de "descartar" todo o passado...por algo novo...gente,minha sobrinha nunca deve ter visto uma vitrola! Creio que o contemporâneo que vê o Clássico apenas como uma junção de formas sem sentido não está muito bem informado e não é capaz de compreender a complexidade de fazer uma técnica tão "antiga" nos dias de hoje. Ou será que já se perguntou por que ela dura até hoje e ainda é exigida em qualquer companhia profissional? Talvez não sirva de base pra todos os bailarinos do mundo...mas quem não tem tal formação,que não seja "louco" de achar que poderá fazer audições em Cias. renomadas no Brasil...vai morrer de fome querendo ser bailarino do Balé da Cidade de são Paulo!! Estamos cansados de saber que é a base que eles exigem...portanto, acredito que se deve escolher que tipo de profissional da dança VOCÊ quer ser. E decidir qual técnica vai servir ou não...e respeitar as escolhas dos outros profissionais...

Carolzinha :)

4º ano de Dança/FAP disse...

Querido Leandro,
Sei que muitos discursos (inclusive o seu nesse momento) incorrem tão somente na exacerbação de dicotomias e estabelecem um verdadeiro jogo de poder. Quanto ao ditado, deveríamos trocar respeito por informação e reflexão.
Em primeiro lugar a técnica, o treinamento em dança clássica é base primeiramente para o sistema técnico-estético dança clássica sim, mas isso não pode ser visto como impedimento para a utilização deste treinamento em outros ambientes, o que de fato ocorre. Agora se pensarmos no pensamento balé clássico, ele está atrelado uma determinada estética.
Muitas experiências em dança contemporânea pedem, entre outras coisas, treinamento em balé clássico– uma informação sensório-motora que seja familiar ao elenco, mas não fazem balé. São competências que vão, em uma pesquisa, gerar especificidades.
Do mesmo modo há experiências que não se valem de nenhuma técnica específica e, isso não faz com que ela seja melhor ou pior, ou mesmo que se deve pensar que ela foi feita assim por incapacidade de trabalhar com uma determinada técnica.
É bom lembrar, que as transformações que ocorrem, sejam elas de pensamento ou estética, também alimentam outros os sistemas como o balé.
Incomoda-me fazer dessas questões uma peleja, temos sim que refletir sobre as danças que estão sendo feitas e devemos fazê-las com profundo conhecimento daquilo que queremos por no mundo.
Bem, vamos conversando.
Abraços, Gian