quinta-feira, 1 de maio de 2008

Dança na universidade: exatamente como?


A arte na universidade,mais especificamente a dança,sempre foi um ponto amplo,complexo e questionante como a autora ressalta em 'A arte na universidade para germinar questoes e testar procedimentos' de Tubo de ensaio: experiencias em dança e arte contemporanea.
Bastante atrasada pode-se dizer que a dança na universidade,desvinculada do "pote"das artes cenicas vem cada vez mais se aproximando e ate mesmo vinculando a outras artes como o teatro e outros tipos de artes visuais,talvez por estarmos numa fase ainda de transição,ou seja, no momento de variadas vertentes da intitulada arte e/ou dan\ca contemporanea.
Particularmente a problemática é:Como desenvolver a dança na universidade com conteudos teoricos,comunicando(como toda arte faz) e sabendo correlacionar o conceito de dança/corpo/mente de acordo com Sandra L.Gomes em "A Aranha baba e tece a sua propria teia"de Reflexoes sobre Laban, o mestre do movimento,2006:


"...a mente e o pensamento não são separados do corpo,mais integrados e encarnados no mesmo desde o processo evolutivo,durante o desenvolvimento individual e no momento atual."

Da mesma maneira que Helena Katz em ''Entre a Razao e a carne'' defende o conceito de uma co-evolução ocorrente entre mente e corpo,as universidades que se encontram em defesagem em relacao as disciplinas a serem oferecidas tambem deveriam desenvolver teoricamente uma co-evolucao mais complexa para uma melhor formacao de um corpo pensante,como é o que a contemporaneidade exige nos dias atuais.Isso ocorrendo, e na verdade já acontece em determinadas situacoes o cuidado se volta para até onde esse corpo deve se tornar apenas pensante e deixa como segundo plano a ideia de ser dançante.Caio portanto numa discussao que parece nao cessar em nossa turma : Como desenvolver um projeto em cena onde nao deixe de se relacionar intimamente com minha pesquisa e este ainda possa atingir de uma alguma determinada forma ou nao, meu publico alvo?
É uma questao muito complexa a qual quando suponham ter encontrado a resposta, os criadores muitas vezes terminam repetindo padroes os quais precisam ser quebrados a afim de novas descobertas de possibilidades ate mesmo de reacoes desse mesmo publico em questao.
Está aí a abertura para as outras artes que cito no inicio deste comentario; ou podem surgir indagacoes de que o autor da coreografia/performance nao quis verdadeiramente transimitir qualquer ideia de comunicacao: mas como seria possivel isso se tuodo que nos vem aos sentidos comunicam algo?
Talvez fosse tambem papel da universidade orientar o aluno para encontrar este meio termo tao almejado por pesquisadores em dança em geral,alem claro da propria "cabeça pensante"tambem se emenhar em descobrir qual é esse equilibrio da pesquisa de sua autoria,ou seja, a dança na universidade é uma 'co-evolucao' de pensamentos constante - ou pelo menos deveria ser.





Por: Daiane S. Camargo

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