domingo, 18 de maio de 2008


Fazendo arte se faz educação!?!?!

De que maneira, e até que ponto pode se afirmar ou questionar tal posição?
É isso que me instiga, pois de que jeito conseguir um através do outro?Como tirar proveito dessa via de mão dupla, onde se fazendo arte pode se alcançar a educação e se fazendo educação pode se fazer arte?De que maneira trocar?
Numa era de avanços tecnológicos, de urgências, informações a “velocidade da luz”, a distração é um considerável problema, a maioria das coisas são construídas para a distração e entretenimento do homem, é mínimo o tempo dedicado à concentração, ao descobrimento e conscientização de si, estímulos esses que na minha opinião abrem margem para a compreensão do mundo, e atuação nele. Nesse ponto vejo a necessidade de um trabalho que ofereça ao aluno momentos de reflexão sobre seu corpo, a visão que se tem dele, a maneira que se articula num determinado meio, compreensão e reconhecimento de suas próprias necessidades, um trabalho que proponha uma conscientização a fim de desenvolver uma autonomia e identidade pessoal, que por fim contribua em vários aspectos da sua vida.
Há tempos dou aulas de dança, e acredito numa possibilidade de desenvolvimento pessoal e social através de tal prática, um desenvolvimento mútuo, de educador e educando, uma relação de coexistência, onde a necessidade (consciente ou não) um do outro constrói a evolução de ambos. E essa atualmente é minha busca, perceber o máximo possível e fazer com que o próximo perceba através da dança quais são as nossas reais carências, construindo momentos para que possamos depois de reconhecê-las fazer escolha entre mantê-las e assumi-las ou então transformá-las. As nossas mudanças nunca serão apenas nossas, elas sempre atingirão o próximo, é esta espiral que eu busco.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Carolina)
Flávia Mattos 4°ano de dança (FAP)

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