sexta-feira, 26 de setembro de 2008

. Estrutura sonora na composição coreográfica: uma escolha estratégica passível de muitas interpretações - Por Naiana Wöhlke Cé

Oi gente!

Estou colocando aqui algumas citações que estão norteando nosso trabalho...

Espero que sirvam para o de vocês também!

José Luiz Martinez, em sua pesquisa, a Intersemiose entre a Música e a Dança, pela confluência de dois meios de percepção simultâneos, o auditivo e o visual, a música em conjunto com os movimentos dos dançarinos numa forma que preserva a autonomia musical, possibilita sistemas próprios de organização interna, de representação, de percepção e de cognição, o que pode ampliar a quantidade de interpretações possíveis para um mesmo trabalho.
“O visual e o sonoro encontram-se inextricavelmente amalgamados: podem ser complementares, ilustrativos ou antagônicos, mas necessariamente se interconectam na formatação de uma linguagem híbrida que se origina na junção de dois sistemas de signos. Sendo responsáveis pelo crescimento e multiplicação dos códigos e linguagens, os meios (ou cada mídia em particular) produzem modificações específicas nas matrizes da linguagem.” (WOSNIAK, 2006).

Sendo assim, não se pode tratar da trilha sonora de uma obra como algo ingênuo, completamente inocente, visto que a linguagem da dança não é possível de ser interpretada separadamente da música quando ambas ocorrem simultaneamente.
O interessante, é que cada artista seja capaz de saber discernir aquilo que pode vir a ser utilizado em uma obra para causar o efeito desejado, e efetivar o processo de comunicação através das artes – neste caso, da dança e da música, mas sabendo que quanto maior o número de signos e linguagens em questão, maior a subjetividade da obra, e maior a margem para interpretações diversas.

By Nai

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